Objetos sim, objetos não. Programas de televisão saíram do ar, biscoistos finos sumiram das prateleiras dos armazéns, brinquedos deixaram de ser fabricados, roupas caíram de moda. A máquina de escrever, o filme da máquina de fotografar, a lata do doce quatro em um. Mas palavras, expressões, se não sumiram ficaram paradas no ar, como aquele grito. Os meninos ficavam gamados nas meninas e elas caidinhas por aquele pão. Claro que havia alguns muito mascarados, como havia aquelas metidas, prafrentex, da pá virada, um violão! Ninguém usava camisa-de vênus e no dia do casamento elas usavam a camisola do dia. Se exageravam, ouviam um tal de o que é que vão pensar de você? Mesmo assim, botavam pra quebrar. Usavam bobs, pintavam os olhos, embora as mães sempre empombassem. As pessoas metiam o nariz onde não eram chamadas e comiam mamão-da-amazônia. De manhã falavam bença pai, bença mãe e, crescidinhos, ouviam das tias um "benzadeus"!
Muitas vezes quando a coisa apertava exclamavam: Tô frito!
Mas isso são outros quinhentos! Agora chega de lero-lero! Este blog não pode passar em brancas nuvens.

Alberto Villas.
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